Diálogos intergrupais e treinamentos em diversidade, equidade e inclusão são caminhos para combater o preconceito
Preconceito é uma atitude ou opinião preconcebida sobre uma pessoa ou grupo, geralmente baseada em estereótipos ou em um conjunto de informações deficientes. É um julgamento antecipado, muitas vezes negativo, que não se fundamenta na experiência direta ou em conhecimento real.
O preconceito pode ocorrer para com uma pessoa ou um grupo de pessoas por conta da raça, etnia, orientação sexual, gênero, sexo, crenças, religião, valores, afiliação política ou esportiva, linguagem ou dialeto, nacionalidade, ocupação, classe social, educação, idade, deficiência, aparência, criminalidade ou outras características pessoais.
Neste caso, refere-se a uma avaliação negativa de outra pessoa baseada na percepção da associação de grupo dessa pessoa. Surge, muitas vezes, da falta de conhecimento ou da ignorância sobre outras pessoas e culturas. Pode se manifestar de várias maneiras através de piadas ofensivas, uso de linguagem desrespeitosa, discriminação, omissão, exclusão ou violência.
O preconceito tem consequências negativas significativas tanto para os indivíduos quanto para a sociedade. Pode levar à marginalização, conflitos sociais e manutenção de desigualdades. Para as vítimas, pode resultar em baixa autoestima, estresse, depressão, oportunidades limitadas, desigualdade, automutilação, conflitos e ainda mais violência. A única maneira de modificarmos esta realidade é insistirmos em debater e aprender como devemos agir para extirparmos estes comportamentos do nosso dia a dia.
Combater o preconceito envolve educação, conscientização e exposição a diferentes culturas e pessoas. Programas de treinamento sobre diversidade e inclusão, diálogos intergrupais e experiências diretas com diferentes grupos podem ajudar a reduzir o preconceito.
O preconceito é uma barreira significativa para a equidade e a justiça social, e é importante reconhecer e abordar nossas próprias atitudes preconceituosas para promover uma sociedade mais justa e inclusiva.
Texto de autoria da Presidente do Comitê de Bioética do HCFMUSP (CoBi), Profa. Dra. Juliana Franco e do membro do CoBi, Dr. Maurício Seckler. Os canais de comunicação do CoBi são: [email protected] | (11) 2661-1541.
Os pareceres emitidos pelo Comitê podem ser acessados por meio do site: https://www.hc.fm.usp.br/hc/pareceres/pareceres.
Publicado em 20/06/2024