Projeto Zoé ‘Ykûápe levou atendimento médico e ações de educação em saúde a comunidades indígenas da região de Iguape
Entre os dias 29 e 31 de agosto, a Bandeira Científica, tradicional projeto da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), realizou a primeira expedição do Projeto Zoé ‘Ykûápe, que levou atendimento médico e cuidado integral a comunidades indígenas da região de Iguape, no litoral sul de São Paulo. A ação foi conduzida por uma equipe multidisciplinar composta por estudantes e profissionais de saúde do Sistema FMUSP-HC, além de voluntários, com o objetivo de fortalecer a atenção primária no território e apoiar as estratégias já desenvolvidas pelo Polo Base de Saúde Indígena de Miracatu.
Durante os três dias de atividades, foram realizados mais de 60 atendimentos gratuitos, entre consultas nas áreas de clínica médica, pediatria e ginecologia, além de cinco avaliações geriátricas voltadas ao cuidado da população idosa. Paralelamente, foram promovidas ações educativas de conscientização em saúde bucal com as crianças da comunidade, que também receberam kits de escovação infantil.
“Essa foi a primeira expedição de um projeto que prevê o retorno periódico às aldeias, com ações planejadas a partir das demandas locais. Nosso objetivo é atuar de forma colaborativa e complementar à equipe de saúde indígena, promovendo a integralidade do cuidado e garantindo o acompanhamento longitudinal no próprio território”, explica Pedro Docema, vice-presidente da Bandeira Científica e estudante de Medicina da FMUSP.
A expedição foi viabilizada por meio de doações, apoio de parceiros e trabalho voluntário. Os recursos arrecadados foram destinados à cobertura de custos com logística, hospedagem, transporte, alimentação, medicações, insumos médicos e materiais educativos, totalizando mais de R$ 18 mil em investimentos diretos e indiretos. A equipe responsável pela operação contou com oito voluntários, entre médicos, estudantes e profissionais da área da saúde.
“A atuação do Projeto Zoé ‘Ykûápe reforça o compromisso da FMUSP com a formação cidadã e ética de seus futuros profissionais, ao proporcionar vivências e promover o contato direto com diferentes realidades. A experiência contribui para o desenvolvimento de competências clínicas, interculturais e humanitárias, ao mesmo tempo em que amplia o alcance da universidade pública em ações de impacto social”, reforça a Profa. Eloisa Bonfá, diretora da FMUSP.
Assessoria de Comunicação e Imprensa da FMUSP
Publicado em 09/10/2025