Profa. Claudia Suemoto é vencedora do Prêmio CLAUDIA 2025 na categoria Saúde e Inovação

A Profa. Dra. Claudia Kimie Suemoto, docente da disciplina de Geriatria da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), foi uma das vencedoras do Prêmio CLAUDIA 2025 na categoria Saúde e Inovação. A cerimônia foi realizada em nove de dezembro, no Roxy Dinner Show, no Rio de Janeiro. Considerada uma das maiores pesquisadoras brasileiras na área de Alzheimer e envelhecimento cognitivo, a docente foi reconhecida por sua trajetória científica e por contribuições que têm influenciado pesquisas e políticas de saúde dentro e fora do país. 

Nos últimos anos, a equipe coordenada pela Profa. Dra. Claudia Suemoto publicou estudos que ganharam grande repercussão internacional. Um dos mais comentados identificou, pela primeira vez, a associação entre o consumo elevado de alimentos ultraprocessados e o declínio cognitivo — descoberta que motivou grupos de pesquisa dos Estados Unidos e do Reino Unido a replicarem a hipótese brasileira. Em 2025, a pesquisadora voltou a se destacar ao liderar um estudo publicado na Neurology, revista científica da American Academy of Neurology, demonstrando que pessoas que consomem maiores quantidades de adoçantes artificiais apresentam declínio cognitivo mais rápido, especialmente indivíduos com diabetes. 

Segundo a professora, o prêmio tem significado especial por dialogar diretamente com sua trajetória e com os temas que investiga. “Para mim foi uma surpresa, mas também fiquei muito honrada, porque é um prêmio de carreira, de trajetória. E considero muito importante que esse reconhecimento recaia sobre uma mulher que pesquisa demência e envelhecimento, temas profundamente relacionados ao feminino. As mulheres vivem mais do que os homens, mas vivem com mais incapacidades, com mais perdas funcionais. Além disso, estudo a demência, especialmente a doença de Alzheimer, que é muito mais comum em mulheres do que em homens”, afirma. 

O Prêmio CLAUDIA chegou à sua 25ª edição celebrando mulheres que transformam o Brasil em diversas áreas, como cultura, educação, negócios, direitos da mulher, saúde, inovação, sustentabilidade, trabalho social, influência digital e impacto do ano. 

Para a Profa. Claudia, esse tipo de premiação ainda é essencial. “Embora as mulheres sejam maioria na pós-graduação, nossa presença cai drasticamente nos principais reconhecimentos científicos e nas posições de liderança. Por isso, iniciativas como o Prêmio CLAUDIA, que iluminam trajetórias femininas são tão importantes. Espero que, no futuro, não sejam mais necessárias, que possamos concorrer em igualdade em todos os prêmios”, ressalta a docente.