FFM realiza IV Encontro do Planejamento com foco em ESG

A Fundação Faculdade de Medicina (FFM) promoveu o IV Encontro do Planejamento Estratégico nos dias 3 e 4 de outubro, no Centro de Convenções Rebouças (CCR). O evento reuniu cerca de 130 lideranças da FFM e do Sistema Acadêmico de Saúde FMUSP-HC.

A conferência resultou em novos projetos a serem desenvolvidos pela FFM ao longo de 2026 - além dos 45 já em andamento – consolidando uma gestão cada vez mais participativa. 

Para chegar a eles, os participantes foram imersos em dinâmicas técnicas e motivacionais que resultaram em doze projetos, um deles eleito como foco dos trabalhos para o próximo ano. “Na Fundação Faculdade de Medicina, nós caminhamos juntos, nos dedicamos a trocar experiências e trabalhamos para que a FMUSP e todo Complexo HC atuem de forma mais célere e segura”, afirma o Diretor-Presidente da FFM, Dr. Arnaldo Hossepian Júnior, durante a solenidade de abertura. 

A Secretária-Executiva da Secretaria de Estado da Saúde, Dra. Priscilla Perdicaris, elogiou a iniciativa. “Quero parabenizar a FFM porque vemos que vocês estão transformando tudo aquilo que é feito no planejamento em ações de maior eficiência, agilidade e maior qualidade no cuidado com o paciente”. Dra. Priscilla participou da mesa de abertura representando o Secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Dr. Eleuses Paiva, membro do Conselho Consultivo da FFM. 

Também integraram a mesa solene: o Vice-Diretor da FMUSP, Prof. Dr. Paulo Manuel Pêgo Fernandes, representando a Diretora da FMUSP e Presidente do Conselho Curador da FFM, Profª. Drª. Eloísa Silva Dutra de Oliveira Bonfá; o Diretor Clínico do HCFMUSP, Prof. Dr. Edivaldo Massazo Utiyama; o Superintendente do HCFMUSP, Dr. Antonio José Rodrigues Pereira, além do Presidente da Comissão de Planejamento e Controle do HCFMUSP e membro dos Conselhos Curador e Consultivo da FFM, Prof. Dr. Giovanni Guido Cerri. 

O IV Encontro do Planejamento Estratégico foi o primeiro da série a contar com o selo Evento Neutro, por ter todas as suas emissões de carbono compensadas, além de ter todo o lixo produzido separado e destinado à reciclagem. 

O kit recordação da conferência foi composto por caderno impresso em papel de reflorestamento, caneta ecológica de bambu e sacola em material 100% rPET (plástico reciclado), marcando um novo momento de aderência à pauta ESG sigla, em inglês, para Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança). A iniciativa coincide com a realização da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP-30), que acontece neste mês no Brasil. O Diretor de Gestão Corporativa da FFM, Dr. Felipe Neme, fez menção ao tema durante a apresentação “Gestão 2025 e Perspectivas”, ao falar sobre o Comitê ESG instituído neste ano.

Que futuro queremos construir hoje? Entre os desafios apontados durante o evento está o que foi classificado como “hiper judicialização” da saúde pela Conselheira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Daiane Nogueira de Lira, que conduziu a palestra on-line “Perspectivas e Desafios do Acesso à Saúde e a Judicialização”.  A Conselheira informou que até setembro de 2025, havia no judiciário brasileiro mais de 800 mil processos envolvendo questões da saúde. “Esse é o terceiro maior tema de litígio, atrás apenas de execuções fiscais e questões previdenciárias. Podemos dizer que existem mais ações judiciais em saúde do que médicos no Brasil, que são cerca de 600 mil pelos números do Conselho Federal de Medicina”, afirma. 

O direito à informação também foi um destaque do primeiro dia, o Prof. Dr. Eugênio Bucci conduziu os participantes a uma reflexão a respeito da “Transparência e o Direito à Informação”.  Jornalista, professor da Escola de Comunicações e Artes da USP (ECA-USP) e membro do Conselho Consultivo da FFM, Bucci defendeu que, se o poder emana do povo e em seu nome é exercido, a transparência só ocorre quando a Instituição conta como esse poder é aplicado. “Não é sobre o que a Instituição quer que o cidadão saiba, mas é uma verdadeira prestação de contas sobre o que ele tem o direito de saber”. No segundo dia, a Diretora de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Fundação Dom Cabral, Marina Spínola, questionou: “que futuro queremos construir hoje?”. Marina trouxe reflexões sobre a demanda atual da sociedade em que as organizações acolhem preocupações sociais, como violência, desigualdades e sustentabilidade.  Para garantir que esses valores se reflitam no dia a dia da organização, a boa governança é fundamental. 

Por meio dela, a instituição torna transparente às partes interessadas e à sociedade em geral quais são suas bases, o que pensa e que tem condições de ser perene, conforme compartilhou a Gerente Sênior de Governança Corporativa da Natura, Aline Guedes Klein, na palestra “Boas Práticas de Governança e Transparência. Para instituições como a FFM, vejo que a integridade é algo importante porque vocês estão prestando um serviço para a sociedade. Em seguida vem a transparência e comunicação com o mercado”, finaliza Aline.