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Saúde


Ano II - Edição 63 - 30/06/2025 a 06/07/2025

Adobe Stock Crise climática ameaça saúde e desenvolvimento de crianças brasileiras, alerta estudo com participação de pesquisadoras da FMUSP

Crise climática ameaça saúde e desenvolvimento de crianças brasileiras, alerta estudo com participação de pesquisadoras da FMUSP


Cognição e aprendizado infantil já estão sendo afetados pelo aumento das temperaturas.

Mais de 40 milhões de crianças e adolescentes no Brasil estão expostas a pelo menos um tipo de risco climático. Entre elas, 1,1 milhão convivem com a escassez de água. Esses são alguns dos dados alarmantes do estudo “A primeira infância no centro do enfrentamento da crise climática”, lançado em 5 de junho pelo Núcleo Ciência Pela Infância (NCPI). Elaborado por quatro pesquisadoras, o estudo tem como coautoras a Profa. Dra. Alicia Matijasevich, do Departamento de Medicina Preventiva e integrante do Comitê Científico do NCPI, e Gabriela Dominicci, aluna do Doutorado em Saúde Pública pela FMUSP. Também assinam o documento a fisioterapeuta Manuella Franco e a professora Marcia Castro, da Universidade Harvard. 

“O material reúne evidências científicas sobre os impactos das mudanças climáticas na saúde e no desenvolvimento de crianças de zero a seis anos, e propõe caminhos para políticas públicas mais integradas e equitativas”, explicou a Profa. Dra. Alicia Matijasevich. 

O estudo mostra que crianças nascidas em 2020 viverão, em média, 6,8 vezes mais ondas de calor do que aquelas nascidas em 1960, além de enfrentar mais secas, inundações, incêndios florestais e perdas agrícolas. Esses eventos extremos aumentam os casos de desnutrição, doenças respiratórias e infecções, afetam o aprendizado e o bem-estar emocional e comprometem o vínculo com os cuidadores, etapa decisiva para o desenvolvimento pleno. Em 2024, por exemplo, mais de 1,18 milhão de crianças e adolescentes tiveram aulas suspensas no Brasil por causa de enchentes, escancarando a fragilidade das infraestruturas diante da nova realidade ambiental. 

Com base nessas evidências, o estudo recomenda ações concretas como climatização de escolas, ampliação do atendimento de saúde mental infantil, fortalecimento da atenção primária e da segurança alimentar, além da criação de espaços verdes e seguros para o brincar. A publicação reforça que qualquer resposta à crise climática precisa colocar as crianças pequenas no centro das estratégias, com orçamento específico e atuação conjunta entre áreas como saúde, educação, urbanismo e assistência social. 

O documento pode ser consultado na integra no link AQUI.

Assessoria de Comunicação e Imprensa da FMUSP


Publicado em 26/06/2025

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