Parar de fumar é a medida mais eficaz para a prevenção da doença
O tabagismo é um dos principais fatores de risco para os cânceres de cabeça e pescoço. A fumaça do cigarro contém substâncias cancerígenas que entram em contato direto com as mucosas dessas regiões, provocando inflamações crônicas e alterações nas células, que podem evoluir para tumores.
Quando associado ao consumo de álcool, o risco é ainda maior. É importante ressaltar que o cigarro eletrônico também possui substâncias potencialmente carcinogênicas em sua fumaça e seu uso não é isento de riscos”, explica o chefe do Serviço de Pneumologia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), Dr. Frederico Fernandes.
O cigarro pode levar a diversos prejuízos à saúde, e está associado a 50 doenças diferentes, entre elas doenças cardiovasculares, como infarto e AVC; respiratórias, como enfisema pulmonar; e cânceres como o de pulmão, traqueia, esôfago, entre outros.
Os cigarros eletrônicos, ou vapes, também estão relacionados ao maior risco de doenças pulmonares e ao câncer, além de conter nicotina, que é altamente viciante.
Os benefícios de deixar o cigarro são inúmeros e imediatos. Entre duas semanas e três meses já há melhora na função pulmonar; em um ano o risco de morte por infarto cai, e em cinco anos, há diminuição da chance de desenvolvimento de câncer de pulmão. “Parar de fumar é um dos maiores atos de cuidado que alguém pode ter consigo mesmo. Sabemos que não é fácil, a nicotina é uma substância altamente viciante, mas é possível. Mesmo quem já tentou outras vezes e não conseguiu, pode sim parar com apoio, orientação e persistência. Cada tentativa é um passo na direção certa. Não desista de você”, finaliza o Dr. Frederico Fernandes.
Veja a seguir algumas dicas para deixar de fumar:
Se você é fumante e deseja parar, existem recursos gratuitos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que disponibiliza acompanhamento médico necessário para cada caso. Busque orientação em uma Unidade Básica de Saúde (UBS).
Publicado em 25/07/2025