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Saúde


Ano II - Edição 65 - 14/07/2025 a 20/07/2025

Projeto Muiraquitã inicia expedição para levar assistência e formação médica ao Baixo Amazonas

Projeto Muiraquitã inicia expedição para levar assistência e formação médica ao Baixo Amazonas


Alunos e médicos voluntários da FMUSP realizarão atendimentos gratuitos à população.

No dia 8 de julho, o barco‑hospital Abaré partiu de Santarém rumo à comunidade de Maripá, marcando o início da expedição do Projeto Muiraquitã, iniciativa da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Durante 20 dias, estudantes e profissionais de saúde voluntários percorrerão os municípios de Santarém, Belterra e Aveiro, no Baixo Amazonas, com a meta de realizar mais de 4 mil atendimentos gratuitos a populações ribeirinhas em situação de vulnerabilidade. 

Criado como ação de cultura e extensão universitária, o Projeto Muiraquitã integra assistência, ensino, pesquisa e inovação, ao mesmo tempo em que fortalece o compromisso social da FMUSP de levar saúde de qualidade a regiões com acesso limitado a serviços médicos. 

A expedição é coordenada pela Profa. Dra. Ludhmila Hajjar, titular da disciplina de Emergências Clínicas da FMUSP, e pelo Dr. Victor Vaisberg, médico supervisor de Emergências do Hospital das Clínicas da FMUSP e fundador do projeto, com apoio de equipes da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), responsáveis pela gestão do Abaré. 

Ao todo, 45 alunos de Medicina da USP e 21 médicos voluntários compõem a força-tarefa multidisciplinar, que reúne emergencistas, clínicos, médicos de família e comunidade, infectologistas, psiquiatras, cirurgiões, radiologistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem e farmacêuticos. Serão oferecidas consultas clínicas, ginecológicas e odontológicas, pequenas cirurgias (como retirada de cistos e biópsias sem anestesia geral), exames laboratoriais (sangue, fezes e urina) e de imagem (ultrassom), além de atividades educativas de prevenção em saúde. 

Para os estudantes, o programa funciona como um laboratório extramuros, oferecendo preparação curricular em saúde humanitária, estudos antropológicos e desenvolvimento de soft skills. A vivência prática em contexto remoto complementa a formação ética, humanística e social que caracteriza o currículo da FMUSP. 

“Este projeto ousado reflete o que considero fundamental para minha existência: atuar na formação de médicos que cuidarão da sociedade, realizar pesquisas de qualidade para mudar condutas no País, levar acesso a quem precisa e expandir as fronteiras de nossas instituições de ensino”, explica a coordenadora do Muiraquitã, Profa. Dra. Ludhmila Hajjar. 

A iniciativa conta com o apoio institucional do Hospital das Clínicas da FMUSP, Fundação Faculdade de Medicina, governos estaduais de São Paulo e do Pará, secretarias de saúde, Ministério do Turismo, Força Aérea Brasileira, além de empresas parceiras e diversas disciplinas da FMUSP. Esse ecossistema viabiliza a logística de transporte de pessoas e insumos de São Paulo para o Pará, garantindo a continuidade do cuidado após a expedição. 

O nome “Muiraquitã” homenageia o amuleto indígena amazônico associado à proteção, fertilidade e cura, simbolizando o vínculo de cuidado que a expedição pretende criar com as comunidades atendidas.   

 Acompanhe atualizações sobre a expedição no Instagram @ProjetoMuiraquita.

Assessoria de Comunicação e Imprensa da FMUSP


Publicado em 10/07/2025

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