A comunicação não-violenta surge como uma ferramenta estratégica de prevenção
Na perspectiva da violência institucional de usuários contra colaboradores dos serviços de saúde, é importante refletir sobre os conflitos evitáveis e os não evitáveis.
Nos casos em que o diálogo ainda é possível, práticas como a escuta qualificada podem impedir o escalonamento do conflito e, ao mesmo tempo, fortalecer o cuidado humanizado.
Nesse contexto, a Comunicação Não-violenta (CNV), desenvolvida por Marshall Rosenberg, surge como uma ferramenta estratégica de prevenção. Baseada na empatia e na autenticidade, a CNV orienta os profissionais a observar sem julgamentos, reconhecer sentimentos, identificar necessidades e formular pedidos claros. Incorporar esses pilares amplia a capacidade de prevenir e mediar situações de tensão, reduzindo riscos de violência e fortalecendo a cultura de paz nos serviços de saúde.
No HCFMUSP, esse tema também é contemplado na Política de Enfrentamento da Violência (PEV). Além de medidas de prevenção, intervenção e acolhimento às vítimas, a PEV prevê um treinamento, que será lançado em breve, onde práticas de comunicação, mediação de conflitos e estratégias de prevenção de violência serão trabalhadas com as equipes.
Outro ponto fundamental é o papel dos grupos de apoio à paz de cada Instituto, que têm a função de intermediar conflitos e evitar escalonamentos, contribuindo diretamente para a construção de ambientes mais seguros e respeitosos.
Diante da ocorrência de violência ou ameaça de agressão, é indispensável realizar a notificação pelo link disponível na Intranet: forms.gle/zt7dPYbg43Amkrnc7.
Publicado em 25/09/2025